quinta-feira
SEDA
Seda é um filme macio. Escorrega-se nele pelas estepes geladas e pelas dunas sedosas, vezes multiplicadas, tantas quantas as viagens pela busca de casulos através de um mapa mundi do séc. XIX, a trote, dentro de charrettes e de naus de contrabandistas.
Ovos minusculos que valem ouro e que representam o trabalho e o alimento das fábricas por onde se escapam as colunas de fumo escuro, como o dos canos das espingardas em que o nosso herói não quer pegar, preferindo viver a emoção dessas viagens ao inferno da guerra.
Não lhe falta amor em casa, nem o futuro dos sonhos por cumprir, mas no longínquo Japão encontra um olhar de amêndoa carregado de erotismo que só ele acha que sabe ler. Abre esse livro em cada viagem e sofre da febre da culpa em cada regresso.
Grande engano. O verdadeiro, incondicional amor morava próximo, muito próximo. Dentro da mulher que tudo adivinhou e tudo calou. Daquela que partiu cedo demais deste mundo, deixando como herança o jardim para cuidar e o segredo da sua sabedoria como um amor eterno que ficou por viver.
Ovos minusculos que valem ouro e que representam o trabalho e o alimento das fábricas por onde se escapam as colunas de fumo escuro, como o dos canos das espingardas em que o nosso herói não quer pegar, preferindo viver a emoção dessas viagens ao inferno da guerra.
Não lhe falta amor em casa, nem o futuro dos sonhos por cumprir, mas no longínquo Japão encontra um olhar de amêndoa carregado de erotismo que só ele acha que sabe ler. Abre esse livro em cada viagem e sofre da febre da culpa em cada regresso.
Grande engano. O verdadeiro, incondicional amor morava próximo, muito próximo. Dentro da mulher que tudo adivinhou e tudo calou. Daquela que partiu cedo demais deste mundo, deixando como herança o jardim para cuidar e o segredo da sua sabedoria como um amor eterno que ficou por viver.