quinta-feira
O FARDO DO AMOR
Romance de Ian McEwan posto em filme.
Como é precária a normalidade e se rompe no instante em que um balão colorido se eleva no ar.
Dois amantes num tapete de mil verdes, que ficam suspensos, no preciso segundo em que um deles podia ter salvo uma vida. Ou pensou que podia. O remorso torna-se obsessão, as formas objecto da culpa e o mundo real entra em fluida transparência. Uma espécie de sonho que se transforma em pesadelo, invadido por uma personagem, fardo enviado por Deus para o adorar. Ambos cumplices por não terem salvo aquela alma da queda mortal. Evento irreparável, mas que surge como desígnio do Além, aos olhos do adorador, para os juntar.
Fardo de Amor e Culpa, diria eu. Grande transtorno para um homem-sombra, que leva uma vida sem estória e é obrigado a protagonizar o papel principal, sob o olhar preconceituoso de todos. Que se vai tornando raivoso e violento. Que para se libertar do homem que lhe declara amor eterno chega a pensar que o ama. A companheira pressente-o e o triangulo amoroso a surgir na sua pugança. Jogo de seduções, equívocos, esperas intermináveis, ciúme violento e cego que termina em clássica cena de facadas quase mortais. Então aquele homem agora desarmado de tudo, sai de cena e a normalidade reinstala-se.
Passa-se uma estação, a cura do tempo que tudo cura, a clarividência ganha espaço e no mesmo tapete de mil castanhos prometem-se a vida uma ao outro.
Como é precária a normalidade e se rompe no instante em que um balão colorido se eleva no ar.
Dois amantes num tapete de mil verdes, que ficam suspensos, no preciso segundo em que um deles podia ter salvo uma vida. Ou pensou que podia. O remorso torna-se obsessão, as formas objecto da culpa e o mundo real entra em fluida transparência. Uma espécie de sonho que se transforma em pesadelo, invadido por uma personagem, fardo enviado por Deus para o adorar. Ambos cumplices por não terem salvo aquela alma da queda mortal. Evento irreparável, mas que surge como desígnio do Além, aos olhos do adorador, para os juntar.
Fardo de Amor e Culpa, diria eu. Grande transtorno para um homem-sombra, que leva uma vida sem estória e é obrigado a protagonizar o papel principal, sob o olhar preconceituoso de todos. Que se vai tornando raivoso e violento. Que para se libertar do homem que lhe declara amor eterno chega a pensar que o ama. A companheira pressente-o e o triangulo amoroso a surgir na sua pugança. Jogo de seduções, equívocos, esperas intermináveis, ciúme violento e cego que termina em clássica cena de facadas quase mortais. Então aquele homem agora desarmado de tudo, sai de cena e a normalidade reinstala-se.
Passa-se uma estação, a cura do tempo que tudo cura, a clarividência ganha espaço e no mesmo tapete de mil castanhos prometem-se a vida uma ao outro.